SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Investigado no documentário “O Golpista do Tinder”, da Netflix, o israelense Shimon Hayut aplicava golpes em mulheres com as quais se relacionava no aplicativo. Dizendo que se chamava Simon Leviev, nome inventado que atribuía a si para se passar pelo filho do magnata dos diamantes Lev Leviev, Hayut seduzia mulheres para em seguida afirmar que seus inimigos o estavam perseguindo e que precisava de ajuda financeira.
Foi desse modo que Ayleen Koeleman, Cecilie Fjellhøy e Pernilla Sjoholm se tornaram personagens do documentário, após serem roubadas acreditando estar ajudando o rapaz. No fim das contas, elas deram a ele cerca de US$ 10 milhões. Neste domingo (6), elas lançaram uma campanha de doação na internet para arrecadar 600 mil libras, o equivalente a mais de R$ 4 milhões, e sanar os prejuízos.
Norueguesa, Cecilie Fjellhøy chegou a dar cerca de US$ 200 mil para Hayut. Designer que vive atualmente em Londres, ela criou, após a descoberta das fraudes de Hayut, a organização action:reaction, que trabalha para alertar sobre esse tipo de golpe no ambiente digital e criar leis que amparem as vítimas.
Ayleen Charlotte é uma mulher holandesa que vive em Amsterdã e trabalha na indústria da moda de luxo. Ela ainda se relacionava com Hayut quando descobriu que ele enganava mulheres por toda a Europa. Charlotte ajudou a polícia a rastreá-lo e a ser deportado para Israel, onde atualmente ele vive em liberdade.
A empresária sueca Pernilla Sjoholm havia acabado de se separar de seu noivo quando conheceu Hayut no Tinder. Ela acreditou nos relatos de Hayut até que a imprensa revelou o esquema fraudulento. Naquela altura, ela já havia perdido ao menos 45 mil libras, ou mais de R$ 200 mil.
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