SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O apresentador Monark ganhou as redes sociais e noticiários nesta terça-feira (8) após afirmar, durante o Podcast, que nazistas deveriam ter o direito de ter um partido. Mas essa não é a primeira vez que ele se envolve em polêmicas, que chegaram a fazer o programa perder patrocínios e agora culminaram com seu desligamento.
Monark, cujo verdadeiro nome é Bruno Aiub, fundou o Flow Podcast ao lado de Igor Coelho, conhecido como Igor 3K, e o canal já alcançava mais de 3,6 milhões de inscritos no YouTube nesta terça-feira. Juntos, os dois recebem convidados famosos para discutir assuntos diversos.
Nesta segunda (7), ele recebia os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB) quando afirmou que “a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”.
As declarações repercutiram na comunidade judaica brasileira, e Monark foi desligado do programa na tarde desta terça-feira, assim como o episódio em questão foi tirado do ar. “Reforçamos nosso comprometimento com a democracia e direitos humanos”, afirmaram os Estúdios Flow em nota.
No ano passado, no entanto, Monark já tinha provocado polêmica e recebido críticas ao afirmar no Twitter que uma opinião racista não deveria ser crime. “É a ação que faz o crime e não a opinião”, afirmou ele. “Querem criminalizar o pensamento. Muito perigoso isso. Autoritarismo começa assim.”
Após críticas, ele disse que foi mal interpretado, mas isso não impediu que perdesse alguns parceiros, como o iFood. “Muita gente interpretou minha defesa à liberdade de expressão como a defesa de opiniões hediondas como racismo ou homofobia”, se explicou Monark na ocasião, chamando “tais opiniões” de “abomináveis”.
No início deste ano, o apresentador também provocou polêmica ao se colocar contra a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid, assunto que já tinha abordado em outubro passado, quando, em conversa com Antonio Tabet. Na ocasião, ele se também colocou contra a proibição de discursos homofóbicos. “Eu não gosto dessa ideia”, disse.
“Sabe por que você não gosta? Porque você não está nesse grupo, porque você não é um cara que anda na rua e vão falar: ‘tá aí, vou matar você’. Por que? ‘Porque você existe'”, rebateu Tabet antes de os dois prosseguirem sem concordarem sobre o assunto.
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