Abel Ferreira deu nesta segunda-feira uma entrevista com semelhanças em relação à coletiva concedida um dia antes da final da Libertadores em novembro do ano passado. No Al Nahyam Stadium, em Abu Dabi, o português, como em Montevidéu, falou várias vezes em propósito e disse que seus jogadores estão prontos para a estreia no Mundial diante do Al Ahly.
Ele entende que basta estarem concentrados, calmos e focados que os atletas serão capazes de conseguir conduzir o time à decisão do torneio. O português elogiou muito o rival egípcio, pôs em seu discurso a humildade que têm de ter os jogadores em campo e escondeu a escalação. Não contou se usará entre os titulares Piquerez, lateral uruguaio que se recuperou da covid-19 e chegou na madrugada desta segunda-feira (horário local) nos Emirados Árabes Unidos.
“Vamos usar a nossa parte tática e sobretudo competir. Nós controlamos o que temos que fazer. Eles vão estar calmos e tranquilos. Vamos impor nosso jogo e aproveitar os momentos com a intenção clara de ganhar. Nosso propósito está bem definido. Viemos para ganhar. Os jogadores estão preparados”, discursou Abel em uma sala lotada de jornalistas em Abu Dabi. Capitão do time, o paraguaio Gustavo Gómez também foi sabatinado.
Abel reforçou a avaliação de que o time joga este Mundial com muito mais condições de brigar pela taça pelo maior tempo de preparação e também em virtude do aprendizado que obteve ao fracassar em 2021. Os atletas estão mais maduros e ganharam experiência com glórias e insucessos sob o comando do português.
“O que sei é que os jogadores têm certeza do que fazer. Estamos juntos há um ano e alguns meses. Já estivemos em várias decisões. Ganhamos, perdemos, mas o certo é que essa equipe está mais habituada em disputar finais”, opinou.
A dúvida na escalação diz respeito à escalação ou não de Piquerez. O uruguaio treinou apenas uma vez com o grupo desde que se juntou à delegação e, portanto, teve pouco tempo para se adaptar. O técnico limitou-se a dizer que a condição anímica do lateral é “perfeita” e que “estará a voar” se for utilizado. O elenco fez o reconhecimento do ótimo gramado do Al Nahyam Stadium, em Abu Dabi, e treinou pela última vez antes da estreia. Apenas 15 minutos da atividade foram abertos à imprensa.
Em boa parte da entrevista, predominou, como se esperava, os aspectos relacionados ao Al Ahly. A vitória dos egípcios diante do Monterrey é considerada uma surpresa porque o time africano lidou com dez desfalques, a maioria deles com a seleção de seu país na disputa da Copa Africana de Nações. Abel disse que o adversário é “uma equipe muito competitiva e muito ciente do que tinha que fazer”.
“É uma equipe que tem muito bem claras as suas intenções. Que joga com as características dos jogadores que tem. Tiveram transições com superioridade numérica em muitos momentos. Temos que atacar e preparar a defesa”, acrescentou o comandante palmeirense. “O futebol é mágico por não ser uma ciência exata. Não ganha quem investe mais, o futebol tem muito a ver com vontade, com organização”.
Embora o Palmeiras tenha naufragado nos pênaltis diante do Al Ahly há um ano, Gómez avisou que o elenco não toma o jogo com sentimento de revanche. “Nosso grupo não leva o jogo como revanche. É um jogo importante do Mundial. Nossa mentalidade é essa. Jogar da mesma forma contra qualquer time. E amanhã será assim”, opinou. “O jogo se define por detalhes. Temos de ter uma organização defensiva boa e aproveitar as oportunidades”.
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