Ministério Público de Goiás encontra pela primeira vez indícios de que uma partida de futebol teve o resultado manipulado por jogadores envolvidos com apostadores.
Segundo a TV Globo, se trata do confronto entre Goiás e Goiânia, disputado no dia 12 de fevereiro deste ano, pela 10ª rodada do Campeonato Estadual.
Conversas por aplicativos, depósitos bancários e comprovantes de apostas obtidos pela Promotoria sugerem que houve armação para que o Goiânia terminasse o primeiro tempo perdendo o jogo.
Toda a linha de defesa do time teria sido cooptada pelos criminosos em troca de R$ 10 mil para cada jogador.
A diretoria do Goiânia diz que ainda não teve acesso ao processo e afirma esperar que todos que cometeram crimes sejam punidos.
Na sexta (12), o Athletico Paranaense demitiu por justa causa o lateral-esquerdo Pedrinho e o volante Brian Garcia investigados na Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás.
Os nomes dos jogadores apareceram em uma planilha de pagamentos de apostadores obtidas durante as investigações.
Até o momento, os atletas não foram acusados formalmente.
Em nota, a defesa de Pedrinho disse que o jogador não foi indiciado e que está à disposição das autoridades. Já o advogado de Brian Garcia afirmou que não vai se pronunciar.
No total, 15 jogadores e nove apostadores foram denunciados por envolvimento com a manipulação de apostas no futebol brasileiro.
Em caso de condenação, os atletas podem ficar pelo menos dois anos proibidos de atuar em clubes.
Eles também devem responder na Justiça comum por crimes como lavagem de dinheiro, associação criminosa e manipulação de resultados de disputas esportivas.
O esquema foi denunciado pelo presidente do Vila Nova de Goiás, Hugo Jorge Bravo.
Segundo o dirigente, era quase óbvio que havia traços de ilegalidade nas partidas das séries A e B:
No momento, a CBF e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva descartam paralisar competições em andamento; nesta semana a Polícia Federal passou a investigar as suspeitas.
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